domingo, dezembro 31, 2006

Rodolfet Bloc Party never dies!

Voltei / a lembrança pedia preu voltar / Vai / a saudade mandava me chamar / e quando bate a saudade eu retorno de onde estiver / Voltei / Hoje é dia de eu me desabafar / Hoje a noite foi feita pra cantar / Pois é, vamos rememorar a beleza de um samba qualquer / é, quanto tempo já passou / quanta vida já correu / quanta mágoa já rolou e rolou, mulher / é, quanto vento já soprou / quanto orvalho já desceu / mas voltei pros braços teus / Se Deus quiser / Voltei / Hoje a lua não vai me abandonar / Não / Hoje a rua vai ter que se enfeitar / Quero ouvir meu portão bater / Quero ver minha casa encher / Como há tempo já não se faz / Quero um copo que eu vou beber / e quando o dia amanhecer eu quero adormecer em paz.



Isso é Rodolfet Bloc Party!!!
E deixa uma saudade cachorra. Tá tudo aí na música. Grande Baden.
Ó: Morreu não. A gente que tá meio songo-mongo. =)
Vocês sabem... ;D

Eu não consigo escrever SOBRE este ano que acaba. Aqui dentro tem frases se atropelando, rostos aparecendo, gargalhadas, tombos e cerveja respingando. Tem fotografias das cenas bonitas e das que não são lá tão assim, mas aconteceu d'eu capturar. É como se eu tivesse uma criança aqui pulando e puxando meu vestido, cuspindo histórias sobre o ano, histórias que ela não quer que morram, e pulando assim dependurando-se em mim, me gritando todas elas, acha que vão se salvar numa caixinha guardada no fundo do armário. Acessível pra quando bater saudade ir lá dar uma olhada :)
Como que eu coloco essa gente minha numa caixa, caramba? Sem contar que armário é escuro, embora eu sempre esqueça de fechar as portas. Não justifica. Tem gente que nem tá nesse país! Mé que faz, cara?!
Eu to amando mais gente. E não lembro de estar odiando ninguém. Eu rezo as vezes.
To procurando um lugar bom de criar raíz. To olhando raízes quando elas aparecem nos lugares que passo, assim, pra ter uma idéia.
Hoje eu tenho medo da morte. Mas não da minha. Não ainda. Mas vai chegar o dia, eu sei. E vou ter tanto medo que nem vou mais sair de casa, só pra não morrer assim de bobeira. PUUUUUUUUUUTA, eu tenho um medo fudido da morte dos outros.Pára.

Porra, eu amo muito! E só esto falando esse monte de palavrão porque não tem como você ver meu rosto, senão faria idéia e eu não precisaria enfatizar assim. Faria com o rosto, é. Sou assim um pouco atriz. Não ache também que só por nao ser 'credenciada e tal' é motivo pra me achar sonsa ou coisa assim. É bonito ter um quê de representação. Fica mais fácil de se comunicar.

Esse ano não poderia terminar melhor =))))) (até poderia, mas seria tão bom, mas TÃO BOM que me faria sentir meio que indigna de tanto, sabe? Tá bom assim. Tá bom a beça!)

Talvez seja o primeiro ano que acaba já me mostrando sombra do seguinte. Já faço idéia de alguma dificuldade e também das coisas boas! =D E eu to empolgada! xD

Então agora eu vou. Lá pra praia ver o céu explodir. Um beijo aí :) Que o ano novo seja feliz e faça pensar!


Ass.:Ting Ling do Ventinho.


rolando um CSS só porque eu acho merecido! hahaha! =D



Clarice

Ela apaziguara tão bem a vida, cuidara tanto para que esta não explodisse. Mantinha tudo em serena compreensão, separava uma pessoa das outras, as roupas eram claramente feitas para serem usadas e podia-se escolher pelo jornal o filme da noite - tudo feito de modo a que um dia se seguisse ao outro. E um cego mascando goma despedaçava tudo isso. E através da piedade aparecia a Ana uma vida cheia de náusea doce, até a boca.


Ô Ana...

sexta-feira, novembro 03, 2006

How Are You Doing United Kingdom!?

Era rebeldia! Gostaria de dizer que era pura e simples, mas longe de ser. Nem sei se era rebeldia mesmo. Na verdade, nem importa muito o que é, ou o que foi. Se bem que gosto muito de saber o que foi, pra comparar com o que está sendo. Há sempre grande possibilidade de conseguir criticar algum ponto. Eu sou muito crítica.

Eu misturo tudo pra sair uma coisa só. Eu acredito nisso. Não em cruzar essência. Não. Misturar átomos é plausível. Até muito! Mas no núcleo não se mexe. Disso têm que se lembrar.

Cai cada pedaço de céu que treme a idéia. Aliás, quase todas elas( as idéias). As minhas são meio covardes de ser. Sei não. Se escondem aqui. Até cantam e rodam. Pintam e rabiscam. Raramente gritam. É bom ou é ruim?

Então, lá. Putíssima. Fumaça cinza, cabelo sujo, óleo. Mente fervilhando opções de homicídio. Músculos enrijecidos de raiva. Bota de cano longo.
Calm Down.

Persegue.

Cata daqui pra repor de lá. Nem teu é.

world. teach me of me. how familiar.

praia. pé no chão frio é bom de andar.


tag: surto

terça-feira, outubro 10, 2006

Acho que me morro.



Acho que me morro. Neste momento. Não de agora, mas estou morrendo agora, também. É que me tiram a fluidez sendo, por demais, racionais comigo. Logo comigo... eu que sempre fui tão receptiva à fluidez das coisas, nunca pedindo um significado pra depois. Eu que deveria ser transferida(dentro desse mundo louco de loucos, porém, não feito pra eles) para outra área onde não fosse preciso ter nome, cabelos ou unhas. Onde houvesse trocas infinitas e provas, muitas provas que as pessoas fariam entre si, afim de encontrar as que fluíssem na mesma direção para, assim, construir.
Ta tudo torto. Mamãe tá torta, papai vê torto e maninha eu num sei onde se tortura.


texto/foto: eu.

Agora




De tanto sentir, só sei, agora, sorrir de olhos fechados,
sorrindo também

em resposta a estímulos
que nem queriam ser, em si
estímulos.
Assim, vou eu
Voeu
Sivô
Me fui.
Ainda aqui.
Porque não consigo sair
por não querer sair.
Não me forço contra mim nessas questões.
sem ponto final


texto/foto: eu.

terça-feira, setembro 05, 2006

SENSORIAL

"Obturação, é da amarela que eu ponho.
Pimenta e cravo,
mastigo à boca nua e me regalo.
Amor, tem que falar meu bem,
me dar caixa de música de presente,
conhecer vários tons pra uma palavra só.
Espírito, se for de Deus, eu adoro,
se for de homem, eu testo
com meus seis instrumentos.
Fico gostando ou perdôo.
Procuro sol, porque sou bicho de corpo.
Sombra terei depois, a mais fria."

( Adélia Prado )


uiuiui

quarta-feira, agosto 02, 2006

Olhos Preguiçosos.



Se você acredita que o que te acontece é o que Deus separou pro teu crescimento leia isso:
acho q as pessoas tem um
feeling mas tem preguiça de explorar o mesmo, tem olhos de preguiçosos. Tem olhos de preguiçosos pra que invejem os olhos abertos e astutos de outros que se tivessem olhos preguiçosos estariam mal...! Porque teriam os olhos preguiçosos mas nao o feeling.

Eu tenho
feeling e olhos preguiçosos. E eu queria olhos de gente desperta. Logo: eu queria ser astuta.
Mas tenho preguiça.

¬¬




Nicole: You can be anywhere when your life begins. When the future opens up in front of you. And you may not even realize it at first, but it's already happening.
Crazy Beautifu
l

Nadando Na Sala



E eu nem sei direito como fui ficando assim... passiva impassiva. Devo ter nascido desse jeito. Devo ter é alma velha. Da idade do mundo. Se é esse o caso, porque diabos espero coisas boas de pessoas que não demonstram sequer uma fagulha de possibilidade? Porque há bondade - me digo - e acredito em bondade, porque é gratuita. Se não for assim, tem outro nome.
Ah, como eu sou besta! Haha... não me esforço pra mudar, porque não sei mudar pra que. Quero é morrer de velha... de preguiça de abrir o olho. De optar por deixar o dia passar... "esse não quero não... aproveitem-no vocês..." e sorrindo troco de posição, ainda d olhos fechados, e durmo mais um tanto.
Mas que ar! Que ar incômodo tem perto desses carrancudos! Bom é que não dá pra respirar o ar dos outros. Ah, que bom que é.
Cada um com sua morte. Cada qual como se quer.




♫ The People - Metric #)

segunda-feira, julho 10, 2006

Rilo Kiley




"if you think i'm paranoid, that's fine
cause i've got evidence on my side

if you want to come over tonight
that's fine because i have no plans
please be kind, don't drop the rock on me

how many blows to the belly will this thing take
that we refer to as our true love?
we both knows it dead and its been dying for some time
but we refuse to let it go

please be kind, don't drop the rock on me
don't go outside and discover that you like being free
cause if you did you'd be dropping the rock on me"



Rilo Kiley tem umas letras tão impressionistas ...

* Nemo!
** quero esses sapatinhos #)
***deu vontade de deitar na grama
****quero essa rede e uma jarra com limonada gelada e doce

sou assim...super fácil de agradar
hahahahahha :)

sábado, junho 24, 2006

Há sempre o que fazer.


SOBRE QUANDO SE ACHA QUE MUITO JÁ FOI FEITO.

Mas é idiota demais...!

Se um faz um tanto, vai fazendo um monte até lá na frente , onde o suspendem pela manga e o mostram aos outros que se aglomeram intrínsecos, e falam com o intuito de atiçar boa-ventura nesses: 'Eis aqui um bom homem! Fez muito pelos outros e ainda o faz!'
Mas assim que o braço cansa ou quando os rostos se viram de volta ao que já estavam fazendo, o fazedor do 'monte-de-coisas' desce à horta que estava cultivando antes de ser exposto dependurado e quase nauseado de ter de ficar semi-circulando como um pingente preso ao teto.

Tem os que fazem as coisas para respeitarem a si próprios.
Tem os que se aglomeram dentro deles próprios, com seus 'eus', pegando emprestado 'eus' de outros e achando confortável encontrar 'eus' de outros parecidos com seus 'eus' sofridos. As vezes até percebem que esse alívio na semelhança, essa espécie de suporte, de agua morna, de acalanto, nada mais é que egoísmo. Mas, passam décadas coletando 'eus' alheios e enfileirando em meio aos seus sem querer mudar de lado.
Há quem não veja.
Não. Não há quem não veja. Só se morresse bem cedo. Porque, em alguma idade você vê.



Primeiro conseguir seu proprio aprimoramento. Depois o do Meio.
Assegurar uma idéia ajuda na construção dos fatos.


Escolha um ponto e observe.

E se acaso achar que estagnou, é hora de mudar de ares e buscar poesia! O quanto antes #)

:) abraços!!!

♫ Mil Perdões - Chico B.

sábado, junho 03, 2006

Até eu assumir que sou genial, vou continuar sendo genial.


- Você acha que vai acordar pensando em mim?
- Não sei...
- Eu acho que vai.
- Porque?
- Porque eu te perguntei. Talvez, se eu não tivesse perguntado você não fosse, mas agora vai.

(eu, conversando comigo mesma - sem notar -, antes de dormir)

quinta-feira, abril 13, 2006

ORKUT

Cliquei "home" e olhei pras comunidades. Eu sempre penso no que as pessoas vão pensar(mesmo que eu ache isso estupidez, na maioria das vezes... acontece que já é automático) , e ao ler"Deve ser chato ser uma árvore" meus neurônios começaram a brincar de dar choque uns nos outros e pensei rápido demais. Ser uma árvore deve ser legal. Ponha-se no lugar de uma, bem antiga. Imagine Dom Pedro I, dando aquela mijadinha escondida, à uma árvore de distância. Seria no mínimo uma história pra contar aos brotos.
Ser uma árvore é complicado porque as árvores são passivas. Bicho mora, come, belisca, dorme, caga, mija, arranha, bica... Fora as larvas nojentas que ficam zanzando por dentro delas.
Árvore não pode ter depressão pós-parto. Imagine: lá está um belo exemplar... flores coloridas, folhas verdinhas, reinando imponente. Agora dá frutos carnudos,suculentos... prazerosos de morder... e depois ressecam-se as folhas e o vento leva embora. Árvore nua! Exposta(de uma maneira que, com certeza, ela não estaria se pudesse escolher...)! Vixe... imagina se ficasse depressiva? Sem essa de cortar pulsos! Elas seriam mais agressivas: ia na machadada!
Cara, as árvores são como uma fênix com raízes! Passa o tempo e toda sua magestade simplesmente volta...! É dureza, rapaz. É dureza...


(...)

vou poupar vocês do besteirol do resto. hahaha. não que eu já tenha escrito ou predefinido, só não vou pensar em mais nada pra continuar com o texto... deixo ele assim.

AFINAL, VOCÊ SERIA UMA ÁRVORE?

[pffffffffff...hahahhahahahahhahaha!]

segunda-feira, abril 10, 2006

Ida ao Circo



Para uma ida ao meu circo, você tem que esperar cair bilhete do céu. Acontecido o milagre, acomode-se e assista os animais começarem a entender que há algo de errado, e que esse "algo" é muito errado para ser aceito. Viram feras oprimidas e embasbacadas com o rumo que seus pensares e conclusões tomaram. Adormecem as feras, agora latentes.
Vem o palhaço, único em todo o circo, e chora. Ele é sozinho e chora. Só vai até o centro do picadeiro se a luz estiver baixa... tudo quieto... ele é amigo das feras desde sempre e por isso já as compreende como se falassem a mesma língua. Chora o palhaço querido.
Entram as bailarinas, que têm rosto frio e maquiagem cinza. Dançam em desacordo com a música que não toca. Elas nunca olham no olho.
Antes delas saírem, volta o palhaço. Não vá achar que é combinado. O palhaço querido sempre interfere nas apresentações. Aparece mais que qualquer um no espetáculo.
Saem todos. Vem o mágico sem rosto. Sabe tudo o que tem a fazer mesmo sem enxergar (não tem rosto, não tem olhos...). Faz a mágica e tudo serena. Viva a mágica(!). Sai o mágico, vem o palhaço. As feras já se recolheram... os trapezistas foram demitidos( por prenderem toda atenção das pessoas, impedindo-as de olhar ao redor...) ... os passos silenciaram-se. Tudo acalmou, exceto a angústia do palhaço. O circo pega fogo e a cidade dorme... (imersa em fumaça escura)

sigur ros - hoppípolla

*e eu queria dizer uma coisa:
INVÍCTOS NA SINUCA!!!!! hehehehe ;D

quarta-feira, abril 05, 2006

O QUE EU QUERO?

[Pra ler ouvindo The Mariner's Revenge Song - The Decemberists]

Eu quero encarnar um Capitão de navio baforando rum e esmagando coisas com as mãos! Eu quero, mas só serve se for agora! Apertar os dentes tão forte de fazer os olhos girarem nervosos e intensos! Pisar com botas pesadas compradas no porto e usar esporas em alto-mar! Quero a excentricidade pavorosa! A maquiagem francesa iluminista naqueles rostos que se animavam nos cafés-revolução. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH! Me traz um 2 quilos de pandemônio que eu quero pôr no macarrão.
Diga que se não houver música, é melhor tratarem de arranjar. Se não houver mulheres, que tragam as mães. Se a bebida acabar, acabou-se tudo. E, se eu me acabar, se acabem também, pois quando eu me refizer não haverá espaço!
Eu quero ser o Capitão! Apoiar a bota na prancha, última solidez debaixo dos pés de alguns marujos sem sorte, e cheirar fedor de mar. Tanto sal que chega a cortar! E quem liga pra pêlos de nariz? Claro que eu tenho um papagaio! Boca suja e fanfarrão. Joga poker, joga truco e sueca. Rouba fichas, notas, escrituras e roupas de baixo. Ah! E lenços! Rouba tudo. Rouba a sorte.
Quero que a lua cheia me transforme. Quero as mutações do Wolverine pra eu retalhar tudo, desde das minhas últimas costelas até a pélvis. Pela manhã estarei regenerado. Capitão altivo andando pelo convés e reparando no mofo das velas molhadas de mar. Aquele cheiro pesado.
Preciso de um porto. Preciso de um porto. Quero comércio. Quero matar o vendedor que vier se fazer de esperto. Quero pôr as tendas abaixo! Eu incendeio o cais! Fujam pra água, ratos!
Certas coisas dão azar se carregadas numa viagem de navio. Nunca as leve! Mate quem quiser levar.
Certas horas é como se tripulação alguma estivesse a bordo. Capitão, barco, lua e água...
Noutras, o ar se torna incomodamente perceptível.


Um brinde! Ao descaso do acaso.

*fecham-se as cortinas*

sábado, abril 01, 2006

A PRISÃO


O homem vive cercado de cômodos ocupados por pessoas estranhas. Seu núcleo vacila cômodo a cômodo, embora deseje encontrar seu próprio leito. Sua prisão, construiu num árduo exercício de vaidade. O homem trabalha. O homem malha. O homem faz falso juízo de sua real capacidade. Cultiva uma paixão calada ao que lhe parece belo; ao que lhe destrata, contradiz e mata. Amando ao avesso, o homem não vê as chaves para abrir o cômodo de sua liberdade. Amando ao avesso o homem não encontra sua face fora de seu espelho.

Certo dia, o homem acorda atordoado. A seu lado, uma mulher nua já quase enrugava de tanto esperar e nada. Não é do seu feitio dormir cedo. Não é do seu feitio dormir ao lado de uma estranha que nada tem a lhe dizer senão bom dia. Não é isso o que deseja ouvir.

Então ele se levanta, lento e monótono, não lhe dedica a menor atenção, nem lhe dirige o olhar. Sua mão gira mecanicamente a maçaneta do quarto, de onde o homem sai na esperança de que a figura estranha desapareça, indesejada também saia, e sem muito alarde.

A mulher o ama. Ela o deseja e isso o incomoda profundamente, gera repulsa, desagrado, quase nojo. No outro cômodo outra mulher geme por si. Seu prazer nem sabe da existência do homem, mas ele, amando ao avesso, fixa sua escuta nesse gemido. Ele, amando doente o que não lhe é caro, o que não lhe carece, o que é carente de ser, fixa seu desejo no gemido impertinente, mas não goza de seu amor.

A amante não se manifesta, não se levanta, nem se move. Está lá por uma eternidade, e lá ficará se preciso – cumpre sua função no cárcere da vaidade. A amada não lhe presta serviço de amor. Não lhe deseja, não lhe conhece. Nada. O prisioneiro tenta outra porta. É uma orgia da qual não participa, não se furta a olhar. Recebe dos festivas o convite, não se move. Seus pés pesados parecem criar raízes, seu desejo não lhe dá a voz. A porta se fecha. Ele permanece imóvel, não imune – o homem. Sua vaidade ainda o trai.

(Rita Maria)


existe algo mais certo do que esse texto?

a vaidade é uma vaca que mal regurgita.
e nenhuma reflexão é(de todo) besta.

♫ruído. chuva. bocejo♫

terça-feira, março 28, 2006

it's wrong to want more than a folk song

a cabeça é um tanque com água parada e sabão em pó no fundo. você olha. e não vê nada de mais. é quando você acha que está livre dos seus pensamentos pertinentes. Há! Basta chacoalhar a mão na água, nem precisa ser no fundo. Faz-se espuma, faz-se barulho. revira tudo e fica pronto pra lavar o que tiver sujeira. cabeça tem pensamento até lá no fundo(e principalmente lá). puxa um, vem outros.

obs.: a foto deve-se ao seguinte fato: algumas cabeças são bacias. ;)


*eu quero um espanador*
(e nem preciso dizer que não é dos convencionais)



o tempo. o jeito. o argumento. talento. bravo! talento reconhecido! o anyway. o far away. o great day. how much can you get? how much can you get? visualisações. distrações. esguio. esguio. esguiiiiiiiiiiiio. corta a corda. corta logo. corta o dedo. vai sem medo. joga longe! pula fora! cai no ar. pede par. pede mar. pede, mede, cede, perde. é o jogo. é o jogo. pelo menos diz bye bye. pelo menos diga HI! at least you have a list. lucky you. cuz i don't. did u miss?




é do contra. é dos brabo. foi um ENDING START e eu não acordei, maluco! Eu só não vi.


Old world underground where are you now?
Subtract my age from the mileage
on my speeding heart,
credit cards

accelerate, accumulate
looked for you downtown
wound up in a movie with no story
now it’s late and you are nowhere to be found

no more looking for an ending to make the pieces fit.
[... ... ... ... ... .......]
not looking for a reasons

not trying to understand
not trying to catch you eye

not trying to touch you hand

not trying to show you part of me no one else can find
but i will bring a song to you, who will buy my time?

but someday i was.



[►] all metric songs

ps: o que ficar confuso, é meu. deixe passar....

domingo, março 26, 2006

do Carlos:

E isso é tudo

Mas nem tudo que é tudo é tanto
Nem sempre de tristeza se faz o pranto
Assim como esse silêncio
Espanco, espanto
Para bem longe
Um susto
Irradiando a alegria de ser livre
Me faz ir longe
Para a cela de um preso
Ou para um mosteiro de monges
Aonde a liberdade não chega
Onde tudo se faz tanto
De um simples nascer ao por do sol
Às necessidades básicas de liberdade
Fazer sobreviver num lugar
Aonde a vida vai passando
Diminuindo oposta ao tempo
Cada dia as esperanças
De pessoas livres de nascença
Presas pelo relento
Da sabia ignorancia humana

Aonde tudo é tudo
E aonde tanto é só tanto


Carlos que escreveu :)
o q tá em italico... serviu de espelho :)
(ou algo assim.... it fits)

beijão, Carlos! :D

play [>] pleeeeease - apples in stereo

segunda-feira, março 20, 2006

Labirintos



Pessoas são como labirintos, e acho difícil conhecer todos os corredores( escuros, e até os mais iluminados). Saber porque tal parede foi construída ali. Muita gente diria "por ser um labirinto, oras! Precisa ter paredes", e ainda me tomariam por tonta ¬¬. Mas isso aconteceria por não saberem que essa é uma idéia errada.
Querendo ou não, tivemos motivo(s) para construir cada uma das paredes. Devido a tal fato, somos todos arquitetos, engenheiros e pedreiros (essa frase merece um parenteses e até uma dissertação, por que não? Os arquitetos e engenheiros podem ter sido qualquer um, incluindo nós mesmos. Nossas paredes vem da necessidade de bloquearmos algo que não gostamos de mostrar ou falar. Uma simples neurose, até. A maioria dos labirintos do mundo inteiro foram erguidos por causas aversas à vontade do proprietário.
Particularmente, não gosto de estar andando, dar de cara com uma parede e ter de mudar meu rumo. Principalmente se é uma parede boba, colocada ali por um motivinho qualquer. Seu pecado foi não agradar(OH!). Mas que jeito tem? Abaixo a cabeça, dou de ombros e vou pelo caminho aberto.
Como se pôde notar, gosto de metáforas. E acho que nós deveríamos ser campos abertos, numa eterna primavera. Perfumes misturados, ventos assanhados, cores de todas as cores(e misturas delas). Sem paredes!...No máximo um bosque.

---
- não sejam secretárias(os)
- mtv de manhã é pra metaleiro ;/
- "era pizza, era melhor. UHUL!"

play[>] still take you home - arctic monkeys

domingo, março 19, 2006

Quando a Erva Crescer

Quando a Erva Crescer

Quando a erva crescer em cima da minha sepultura,
Seja este o sinal para me esquecerem de todo.
A Natureza nunca se recorda, e por isso é bela.
E se tiverem a necessidade doentia de "interpretar" a erva verde
sobre a minha sepultura,
Digam que eu continuo a verdecer e a ser natural.

Alberto Caeiro.

Digam por aí.

play[>]The Decemberists - The Engine Driver [boa! escute!]
~and if you don't love me let me go

sexta-feira, março 17, 2006

Abre a janela agora

engraçado como me deslumbrei agora com a quantidade de coisas que cabem num dia.
mais engraçado ainda é que eu não saí de casa, e ainda passei mal. Mas não importa. cabe tanta coisa num dia que essas partes 'inoperantes' viram pele morta e cobrem mais pele morta que se junta pra depois sumir de vez ou morar no subconsciente. E eu queria ter dormido à tarde. Eu queria ter molhado o pé na agua do mar. Eu queria ter abraçado e girado girado girado. Podia até ser com a Fernanda :)




Tão incompatível em ternura
Emaranhado de sóis no olhar
Parece que procura a cura
em quem não pode dar
E olha pra cima como quem espera da luz um sorriso bom.
Vem gargalhada gostosa
e uma pedra é posta pra lacrar a entrada.
É o fim.
Acabou ali.

A pedra ficou.

O verde morreu.
Uns dizem que nem doer doeu.

som: mas tente compreender/ morando em sg vc sabe como é/ hoje a tarde a ponte engarrafou/ e eu fiquei a pé / tentei ligar pra você/ o orelhão da minha rua estava escangalhado/ o meu cartao tava zerado/ você cre se quiser!

*
Seu Jorge, seu danado! :D

TODA A CRUELDADE

TODA A CRUELDADE

Tem os que se mostram preocupados com você. Tem os injustos. Tem os nulos. Tem os que fingem. Os que amam. Os que odeiam. Os que suportam. Os que negam. Os que afirmam. Os que cospem. Os que limpam. E você também é assim. Mas não é.

Não é. Porque ser é algo muito particular. Você é o que os outros não conseguem ver se você não deixar. Eles vêem você de uma maneira aleatória. Maneira essa que se constrói diante de uma necessidade pessoal.
Ninguém é como parece ser e talvez você tenha o azar(ou sorte, quem sabe?) de nunca conhecer alguém. É uma questão de auto-análise. Se você não é TRANSPARENTE (muitas vezes nem consigo mesmo), porque diabos alguém o seria?!
Acredito que a maioria das pessoas não age desse modo por querer (ou não. Dependendo do ponto de vista, a grande maioria é de mentirosos recalcados e disfarçados) e se eu fosse uma daquelas crianças dos filmes natalinos que tem seu pedido de natal atendido, este seria viver no espaço entre meu "eu genuíno'' e meu "eu articulado". E que todos tivessem suas memórias afetadas, de forma positiva é claro, pra que pudessem se juntar a mim! :D (mas aí já seria outro filme... Brilho eterno de uma mente sem lembranças)



-será que eu uso isso no meu discurso de Miss?
-life is such a bastard!
-esse filme é foda x__x

SOM: Descoberta[Lual MTV] - Los Hermanos

tóca, féla da mãe!

(Am E...)
Vai, hoje a lagrima não cai
C
Sei agora o mal que faz
G
Dar amor a quem não ama,
(Am E...)
Dar amor a quem só traz

Ódio e desilusão
C
Que maltrata um coração
G
Precisando de carinho
(Am7 D...)
Precisando de carinho


Am
Minha amada
G Am
Não consigo mais viver ao lado teu
G C
Não consigo mais te dar o meu amor
Dm
Hoje vivo muito bem sem tua boca
E Am
E sozinho não conheço mais a dor

terça-feira, março 14, 2006

termostato


Vai de tudo que se pronuncia com ressentimento. Cada precedente desse tipo de fala, espeta o coração. Podendo as vezes rasgar um pedaço. Talvez seja mais parecido com uma afta. Gangrena . Azedume vital. Inconsciência consciente do sofrer por opção, que está ao mesmo tempo fora do seu controle por costume puro e besta. Trivialidades.



Caso grave é se perguntar "sou um'alma perdida?". Mas é normal ser grave, eu lhe digo. E você faz que não entende. E eu entendo isso como se você nao entendesse mesmo. E não entende.




Eis que brada intensa minha voz amargurada. Aqui dentro, ainda rechaçada, sinto alfinetes na carne cravarem . Dói e eu seguro o choro apertando o rosto e não querendo ver nem as sombras abstratas. Lampejos me atormentam a visão e tropeço no mal humor. Espero que aguentemos minha indisposição. Não sou mais tão pura quanto no início. Eu tive tudo por um tempo. E não ter todo esse tudo agora, desequilibra e faz depreciar.




montar um caça-palavras articuladas pra pesar a dor e repassar a injúria.


ouvindo Easykill - we are scientists \O/

as coisas que alguns dizem e reverberam aqui dentro fazem bem

"Ninguém pode conviver sozinho com a beleza que é capaz de perceber. E quanto a nós, que buscamos o Absoluto, e que construímos um jardim usando a nossa própria solidão, a Vida nos deixou a imensa paixão para aproveitar cada instante, com toda a intensidade."

-Kahlil Gibran



Ninguém pode conviver sozinho com a beleza que é capaz de perceber porque nossa essência é boa. Queremos que o resto do mundo veja o que encontramos de bonito por aí.



vai da mistura de sentimentos. ou de viver momentânea e isoladamente algum deles.

vai da mágica da nossa mistura. e da nossa morna solidão.

vai do hipnotismo que usas. vai da facilidade que tens de me hipnotizar.

é um acordo sem aperto de mão. sem firma reconhecida em cartório.

vem sem avisar!




Preciso andar por um lugar onde não haja passado. Não quero o presente. E o futuro eu alcanço depois.

jukebox : we are scientists - nobody move, nobody get hurt


segunda-feira, março 13, 2006

3 e uns quebrados

Brechó

- Olha só!
Por um tostão,
olha só!

- Quem terá sido
a dona desta saia?
A quero!

- Olha só!
Por sete barões!
Mas faltam uns botões.

- Um paletó.
Quantas opções!
Mas o que eu gostei a traça roeu...

- Não tem nada
nesse estilo?
Espero.

-Tem menor?
- Não, minha filha.
Isso é brechó.




Seco e Reflexivo

Às favas com o lirismo!
Trago meu peito aberto
em ferida e em flor

Poesia cantada sem compania
nada mais é que apreciação da dor
de quem dorme pra não morrer do mal amor

Quero orações secas.
Períodos "Caetaneados" e elegias de adeus
por mim são dispensados.

"Dispensar"
Já pensou?
Desfazer o pensamento.

Quem ouve o trovão
corre pra dentro
pois sabe que a chuva há de chegar.




bate o pé
nascem gurus!
pá! guru!
pá! guru!

Só quis

Só quero falar de dor.
Só quero falar do que conheço bem.
Só quero falar de amor.
Não quero só o meu bem.
Não quero mal trato.
Essa falta de tato
acabou no meu prato
comi tudo
e grata
morri na esquina da Ouvidor.


Puta que pariu! Chamaram o Coronel!






e no fundo a vergonha é discreta vaidade( você SABE).

domingo, março 12, 2006

26/06/05

Esse meu tempo anda machucando como um sapato apertado. Não me deixa esquecer que ele vai passando a cada movimento. E talvez eu até preferisse que escorresse como seiva em tronco de árvore. Lento como o âmbar que simplesmente brota do corte e desce, mas nunca chega ao chão. Petrifica antes. Então, precedendo os possíveis ferimentos, eu gostaria de escapar. Petrificar não. Só escapar. Com alguma essência. Mas a seiva que corria alimentando já não se sabe por que corte decidiu sair. Já não se importa em carregar o necessário à sua subsistência, menos ainda aos que dela se alimentam, aos que vêm de fora.
Esse âmbar do tempo está de enojar. Já tem inseto grudado, pedaço enrugado, poeira, pena e pêlo. O que o faz descer mais e mais devagar. Cada vez pior. Mas não petrifica. Porque não petrifica? Quer me dar a chance de escapar?



Tem medo da foto?



HAPPY ALONE - kings of leon

quinta-feira, março 09, 2006

Na praia

Chutando areia branca, assistindo-a voar e se espalhar. Querendo uma cor viva com meu nome. Uma música com meu nome. Um doce com meu nome. Um nome meu. Um por-do-sol pra guardar no bolso. Um meio.
Chutando água, assintindo-a subir e repartir-se em gotas e vidros torneados e desconexos, como obras de arte que são.
Chutando o vento e não vendo nada. Fechando os olhos e vendo tudo.

Minha praia nunca vai ter céu enlamaçado. Areia congelada pode ter. Água de pororoca nunca! Menos ainda eu me afogando no raso.




Eu? Desbravando algum subsolo.

Me dê paz.

vem das declarações miúdas
do saber achar
que saber o certo
é se enganar

-tem que contar ao meu
que o seu quer palpitar
tem que deixar o meu
pra ele querer te achar

-não consome
nem enrola
vem com a tarde
vai sem hora

não vi o fundo
mas curvei-me pra olhar
senti um frio agudo
medrei, não quis voltar

fico ao sol
vou pra sombra se precisar
tenho o dia pra viver
tenho a noite pra amar




tudo que eu escrever aqui é meu. o que não for virá com créditos.

ouvindo millencolin pra entrar no clima, pq amanhã tem! :D (yn) ~u might look twice cuz i'm moving!~